sexta-feira, 23 de abril de 2010

seco no molhado

sabe o que faz
recolhe-se no obscuro
desconhecido
não se deixa escapar
resigna-se
sabe o que faz
execra
insulta
ergue a parede
suja
marcada

pintura fresca
cimentada
bloqueada
não sabe o que faz
ambiciona, procura, deseja, espera
não encontra
não sabe o que faz
mas vive a dizer que sabe.

4 comentários:

António Amaral Tavares disse...

Muito bom este poema Pedro Paulo: tanto tem de verdade como de surpreendente e enigmático, tudo o que um bom poema exige.
Estive muito tempo afastado do seu blogue. Vou tentar emendar isso.

disse...

Gê,

A Carmen me mandou um e-mail pedindo o e-mail do Pedro Paulo, seu aluno, pois quer publicar algo dele no Vidráguas. Você tem o e-mail dele pra passar pra ela? Se tiver me mande ou, se preferir, mande diretamente pra ela e diga que eu te comuniquei, tá?

Ela me perguntou se eu tinha lido a crônica Mrs. Dalloway, mas não li. Minha concentração está fraca para textos longos. Você leu?

Beijo grande.

Ivan.

disse...

metido! beijo!

disse...

http://www.acasaquecaminha.blogspot.com/2010/04/seco-no-molhado-sabe-o-que-faz-recolhe.html

ah, nããããããõ, detesto gente metida!!!